Mais comum do que se pensa, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma doença que pode levar a perda da visão central caso não seja diagnosticada e acompanhada precocemente. No Brasil são mais de 2 milhões de casos por ano.
No centro da retina encontra-se a mácula, uma pequena região responsável pela percepção de detalhes. Quando suas células fotorreceptoras – que são encarregadas de converter a luz em impulso elétrico para ser levado ao cérebro – se degeneram há perda da visão caracterizando a DMRI.
Existem dois tipos da patologia: DMRI seca, ou não-exsudativa, que representa cerca de 90% dos casos e a DMRI úmida, ou exsudativa, que apesar de ser apenas 10% dos casos, é a forma mais devastadora da perda visual.
A DMRI úmida é caracterizada pelo desenvolvimento de vasos sanguíneos anormais sob a retina (Membrana Neovascular Subretiniana).
Alguns fatores podem estar relacionados à predisposição ao aparecimento da doença. Entre eles estão pele clara, olhos azuis ou verdes, excesso de exposição à radiação solar, tabagismo e dietas gordurosas.
Em alguns casos a progressão da doença pode ocorrer de forma lenta, demorando a aparecerem os sintomas enquanto em para outras pessoas a progressão pode ser rápida.
A característica mais comum da DMRI é a presença de uma área desfocada ou uma espécie de mancha no centro da visão. Esse sintoma, no início, pode atrapalhar a leitura, tarefas diárias como costurar e cozinhar e, até, dificultar o reconhecimento de rostos. Além deste sintoma, algumas outras alterações podem estar relacionadas à doença. Entre elas:
A principal forma de prevenir a DMRI é manter o check-up ocular em dia. Visitas no mínimo anuais ao seu oftalmologista, podendo ter menor intervalo se por ele indicado, podem evitar ou retardar significativamente a perda da visão.
No exame oftalmológico regular é possível levantar a suspeita da Degeneração macular. Neste caso, o médico poderá indicar exames para confirmação do diagnóstico. Os exames para este diagnóstico são a Tomografia de Coerência Óptica (OCT) e a Angiografia Fluoresceínica.
Para cada tipo de DMRI há um tratamento mais adequado. E esse deverá ser definido pelo seu oftalmologista. E seu diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem conter a deterioração da visão.
Um estilo de vida saudável que inclua a prática de atividades físicas, alimentação rica em vegetais e peixes, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas é o primeiro passo para ajudar a manter a visão saudável por mais tempo.
O uso de vitaminas e minerais também pode retardar a progressão da doença, mas deve sempre ser avaliada e indicada pelo oftalmologista.
Na DMRI úmida o tratamento tem como objetivo parar o crescimento dos neovasos. O tratamento é feito, principalmente, através de injeções intraoculares de medicamentos chamados antiangiogênicos.