O Glaucoma, doença caracterizada por lesão no nervo óptico e, em geral, acompanhada do aumento da pressão intraocular, é considerada a maior causa de cegueira irreversível no mundo. Estima-se que ela já atinja mais de 1 milhão de brasileiros sendo mais de 150 mil casos por ano no Brasil.
No Glaucoma ocorre lesão do nervo óptico, responsável por levar a informação visual até o cérebro. Quando não tratado, há perda progressiva do campo visual podendo chegar a perda total da visão. Apesar de existirem tratamentos para controlar a doença, não há cura e também não é possível recuperar a visão perdida.
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS – a Catarata é a maior causa de cegueira no mundo. No entanto, esta pode ser revertida com cirurgia devolvendo a visão ao paciente enquanto isso não é possível nos casos de Glaucoma.
Glaucoma é uma doença crônica, silenciosa, que não tem cura. Porém, com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado pode ser controlada de forma a evitar a perda total da visão.
Ele pode ser de 4 tipos:
• Congênito
Sendo mais raro, atinge bebês logo que nascem ou nos primeiros anos de vida. O glaucoma congênito pode levar ao aumento dos globos oculares e ao embaçamento da córnea (edema corneano). Geralmente é necessária cirurgia e acompanhamento por toda a vida para controlar a pressão intraocular.
A doença se desenvolve em decorrência de catarata, uveítes e uso excessivo de medicamentos à base de corticóides.
Caracterizado pelo bloqueio súbito da saída do humor aquoso causando aumento súbito, doloroso e grave da pressão intraocular. Considerado emergencial, esse tipo de glaucoma pode causar perda visual irreversível e em curto intervalo de tempo.
Sendo o tipo mais comum de Glaucoma representando cerca de 90% dos casos, costuma ser assintomático. Pode levar anos até que cause alguma deficiência na visão.
Na maior parte dos casos, o Glaucoma é causado pelo aumento da pressão intraocular (PIO). Isso ocorre quando o humor aquoso, líquido produzido constantemente e que preenche a parte anterior do olho deixa de ser corretamente drenado pelos canais na esclera. A falha na drenagem desse líquido pode se dar por obstrução parcial destes canais. Com a falha na drenagem o líquido se acumula no interior do olho aumentando a pressão. Uma das teorias do Glaucoma é que essa pressão aumentada passa a pressionar o nervo óptico podendo levar à lesão deste. Com essa lesão, o campo de visão passa a ser afetado gradativamente.
Apesar de ainda não haver uma causa determinada para o aumento da pressão, alguns fatores podem influenciar: história familiar para glaucoma, diabetes e hipertensão arterial.
O diagnóstico do glaucoma deve ser feito pelo médico Oftalmologista. Como a doença pode levar muito tempo para apresentar sintomas, consultas regulares ao oftalmologista ajudam no diagnóstico precoce levando ao tratamento e controle da doença de forma mais eficaz evitando a perda da visão.
Existem diversos exames que podem ser indicados para o diagnóstico da doença e consequente indicação dos tratamentos mais adequados a cada caso. Mesmo não tendo cura, o tratamento é muito importante para evitar a progressão da doença e consequente perda parcial ou total da visão.
Depois do diagnóstico e avaliação do oftalmologista quanto ao tipo, estágio / gravidade da doença e histórico do paciente, o médico deverá indicar o tratamento individualizado para controlar a doença e evitar a perda da visão oferecendo melhor qualidade de vida ao paciente.
Entre os tratamentos estão o uso de medicamentos que auxiliam na diminuição da produção do humor aquoso e aumentam o seu escoamento. Também pode ser indicado tratamento com laser. Para os casos mais graves, que não respondem bem ao tratamento clínico e ao laser, existe a possibilidade de intervenção cirúrgica.
Por ser uma doença na maioria das vezes silenciosa, as visitas regulares ao oftalmologistas são importantíssimas para o diagnóstico e tratamento precoce da doença de forma a evitar a cegueira.