A primeira vista pode até parecer estranho, mas as injeções intraoculares representam um grande avanço nos tratamentos de doenças oculares. Apesar do certo susto inicial que possa causar, a verdade é que a técnica é bastante segura e causa desconforto mínimo para o paciente. Mas principalmente, ela ajuda a salvar a visão de milhares de pessoas ao redor do mundo.
Também chamadas de injeções intravítreas, as injeções intraoculares servem para aplicar medicações diretamente na região interna posterior do olho, chamada de vítreo.
Os principais medicamentos usados nas injeções intravítreas são os antiangiogênicos que impedem a formação dos chamados neovasos (novos vasos) e os corticóides, que têm função anti-inflamatória. Antibióticos também podem ser aplicados em caso de infecções.
Enquanto os antibióticos são usados no tratamento de infecções, os antiangiogênicos e os corticóides são usados para controlar edemas e hemorragias na região central da retina, chamada de mácula.
Hoje são diversas as patologias que podem ser tratadas com injeções intravítreas. Entre elas:
A DMRI é uma doença que pode levar à perda da visão central. Nesta doença ocular novos vasos se formam abaixo da retina causando lesão na mácula. É comum que surja depois dos 50 anos de idade e já atinge cerca de 2,9 milhões de pessoas no Brasil.
O único sintoma inicial dessa doença é o embaçamento da visão. A retinopatia diabética ocorre quando pacientes portadores de diabetes não controlam bem a glicose e, com o excesso dela no sangue, os vasos sanguíneos da retina são danificados levando à edema e hemorragia. Com isso pode acontecer comprometimento grave da visão e até levar à cegueira, que, neste caso, é reversível.
Associada a fatores como idade, hipertensão, colesterol alto, diabetes e glaucoma, a oclusão de uma veia da retina por um trombo ou coágulo pode levar ao seu “entupimento” levando a hemorragia e edema.
Não há sintomas que precedam a oclusão da veia. Quando ela ocorre a visão fica embaçada e com a formação de uma mancha escurecida com possível perda súbita da visão.
Quando não tratada esta doença pode evoluir para isquemia (falta de circulação sanguínea), glaucoma neovascular e até descolamento da retina.
Com duração de cerca de 15 minutos, os procedimentos devem ser feitos por Retinólogo, médico oftalmologista especializado no cuidado com a retina.
É um tratamento que não precisa de internação, ou seja, o paciente vai para casa no mesmo dia. De rápida recuperação, as injeções intraoculares permitem que o paciente retome suas atividades regulares num curto espaço de tempo. Também é possível aplicar injeções mais de uma vez – o que muitas vezes é necessário de acordo com a doença, seu estágio e o tratamento indicado pelo oftalmologista.
Ter um diagnóstico precoce e preciso, com exames de alta tecnologia é um grande diferencial para resultados mais efetivos. Por isso, é muito importante manter consultas regulares com seu oftalmologista e, ainda, procurá-lo assim que notar alguma alteração da sua visão.
Se ainda tem alguma dúvida, entre em contato conosco que teremos o maior prazer em esclarecê-las.