Para entender melhor a catarata

 

Segundo a  Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata atinge mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo. E, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), só no Brasil são 550 mil novos casos por ano, representando 48% dos casos de cegueira entre os brasileiros. Cabe à nós, oftalmologistas, orientar nossos pacientes.

Diagnóstico precoce leva a melhores resultados

Sempre que notar alguma diferença na qualidade da sua visão, procure um oftalmologista. Alguns dos sintomas mais comuns de catarata e outras doenças oculares são:

  • Visão turva e embaçada;
  • Cores com aparência desbotada;
  • Sensibilidade às luzes e faróis de carros que parecem mais intensas;
  • Visão deficiente à noite;
  • Visão dupla.

Basta um desses sintomas para já haver a indicação de procurar um oftalmologista. E somente este médico especialista habilitado a fazer o diagnóstico através de exames específicos.

Automedicação, remédios caseiros ou simpatias podem agravar o quadro ou até desenvolver outro tipo de problema. A única forma de curar a catarata é através da cirurgia.

Catarata não é contagiosa e não passa de um olho para outro

Ao contrário da crença popular, a catarata não é uma doença contagiosa nem passa de um olho para o outro. Ela se caracteriza pela diminuição da transparência do cristalino (a lente interna do olho), que se torna turvo, afetando a visão. Essa alteração pode ocorrer em um ou nos dois olhos.

Funcionando como a lente de câmera fotográfica, o cristalino focaliza a luz na retina e ajusta o foco do olho. Conforme envelhecemos, as fibras do cristalino se desorganizam formando a catarata.

O risco de desenvolver catarata é maior nas pessoas idosas e a catarata senil é o tipo mais comum da doença. Outras doenças e maus hábitos podem agravar as chances de ter catarata. Os principais fatores de risco da catarata são:

  • Diabetes;
  • Tabagismo;
  • Excesso de álcool;
  • Permanência prolongada em ambientes com luz ultravioleta, entre outros.

Tipos de catarata

Embora seja, na maioria das vezes, relacionada ao envelhecimento, existem outros tipos de catarata.

Catarata secundária

É a que surge em decorrência de outras doenças, como a diabetes, ou do uso de algumas substâncias, como esteroides. Pode ocorrer ainda em decorrência à exposição à radiação.

Catarata traumática

Surge após um trauma ocular.

Catarata congênita

É a que ocorre desde o nascimento ou desenvolvida ainda na infância.

Independente do tipo, a catarata pode ser detectada através de exames oftalmológicos, realizados pelo seu oftalmologista que definirá o tratamento.

O mais importante é que a catarata tem cura. Existem tratamentos paliativos com óculos ou com lentes anti-reflexo que atenuam os sintomas, mas a cura da catarata só é possível através de cirurgia para a remoção do cristalino doente e a implantação de lentes intraoculares.

A cirurgia de catarata é hoje uma intervenção segura e eficaz em todo mundo. Ainda segundo a SBO, no Brasil são realizadas cerca de 100 mil cirurgias seja através de convênios, particulares ou pelo SUS.

Cirurgia de catarata é segura e eficaz

Como toda cirurgia, existem riscos como infecção, inflamação e sangramento. Por isso, como em toda cirurgia, antes de sua realização, é preciso fazer uma avaliação da saúde geral do paciente, o chamado risco cirúrgico, e, também, a indicação de que determinadas medicações sejam interrompidas no período que antecede a cirurgia a fim de minimizar este risco de hemorragia, por exemplo.

Diversos cuidados pós-cirúrgicos, como manter os olhos e as mãos limpas no pós-operatório, além do uso dos colírios indicados pelo cirurgião oftalmologista ajudam a diminuir os riscos de infecções.

Apesar de ser uma cirurgia delicada, seu tempo é bem reduzido, com apenas alguns minutos de duração e a recuperação pós-operatória é rápida. Além disso, as lentes intraoculares estão cada vez mais modernas, podendo, em alguns casos, oferecer grande independência do uso de óculos.

Previnir é sempre o melhor remédio e o diagnóstico precoce traz melhores resultados. Converse com seu Oftalmologista e entenda mais sobre a saúde dos seus olhos!

Tecnologia a serviço da oftalmologia

 

Tecnologias não param de despontar em diversas áreas de atuação da saúde. Equipamentos que facilitam a vida do paciente, do médico clínico e dos cirurgiões surgem a todo instante, com diferentes, e cada vez mais precisos, objetivos.

Na oftalmologia isso não é diferente. Ao contrário, parece ser uma área em franco desenvolvimento. Aparelhos de exames e cirúrgicos ganham novas verões e são aprimorados frequentemente. E, é preciso acompanhar de perto toda essa evolução e nos mantermos  informados para poder oferecer o melhor aos nossos pacientes sempre.

Tecnologia de ponta para diagnósticos e cirurgias mais precisos

Seguindo essa linha de nos mantermos à frente das novidades do setor, na Day Clinic Madureira, buscamos oferecer os equipamentos com tecnologia de ponta para a realização de diagnósticos e para acompanhamento de patologias oculares, pré e pós-operatório.

Isso significa ter um parque tecnológico à serviço dos oftalmologistas do Rio de Janeiro para diagnóstico e acompanhamento de patologias, exames pré-operatórios e que oferecem dados que podem ser usados durante o ato cirúrgico e acompanhamento pós-operatório.

São mais de 20 tipos de exames complementares oferecidos incluindo HD-OCT, Retinografia e Angiografia Digital, com equipamentos como o Cirrus 4000 e o Visucam 500, ambos da Zeiss®.

Conhecendo um pouco dos nossos exames e equipamentos

Para entender um pouco da capacidade da DCM em atender oftalmologistas e conhecer a precisão técnica dos equipamentos, separo aqui 3 equipamentos e suas funções.

Retinógrafo VISUCAM 500 Zeiss®

Com um sistema completo e versátil para diagnóstico e acompanhamento de doenças oculares como Degeneração Macular, Glaucoma e Retinopatia Diabética, o equipamento realiza autofluerescência de fundo, avaliação de densidade ótica do pigmento macular e gerenciamento de imagem estéreo. Com diferentes tipos de imagens e numerosas funções de captura e visualização, o sistema fornece, ainda, visualização 3D, montagem multi-imagem, visualização em tempo real e monitoramento fácil da DMRI incluindo visualização de atrofia geográfica com câmera de autofluorescência de fundo.

O VISUCAM 500 pode ser integrado ao Forum, gerenciador de dados que faz parte da Zeiss Cataract Suite que você conhecerá abaixo. Isso permite comparar dados diagnósticos do paciente e transferir dados do Forum para o Visucam sem necessidade de re-digitar informações evitando erros e perda de tempo. Essa integração pode ser utilizada em casos de cirurgia já que o Forum está ligado ao Callisto Eye e com o microscópio Zeiss Lumera 700.

Zeiss Cataract Suite

Composta por 4 equipamentos integrados, a suíte permite alta performance nas microcirurgias oculares. O 1º aparelho é o IOL Master 700 que realiza biometria óptica com tecnologia SS-OCT, oferece imagem de alta resolução da superfície ocular e medição completa de toda a extensão do olho. Com essa tecnologia é possível executar cálculos extremamente precisos do grau da lente intraocular (LIO) e seu posicionamento eliminando a necessidade de marcação no implante das LIOs tóricas.

O 2º equipamento é o Forum, mencionado acima, que integra dados e imagens enviados pela rede lógica da DCM. Ele interliga o IOL Master 700 ao centro cirúrgico enviando dados para o Callisto Eye, o 3º aparelho da suíte. O Callisto Eye é o assistente computadorizado da cirurgia. Com os dados da biometria inseridos neste equipamento, toda a programação é feita: incisões, diâmetros máximo e mínimo da capsolorhexis, projeção do eixo visual e do eixo de implante da LIO.

Finalmente, o microscópio Zeiss Lumera 700 é o 4º equipamento que compõe a Zeiss Cataract Suite. Através do Callisto, o microscópio oferece toda a programação na ocular direita do cirurgião tornando a cirurgia mais precisa, segura e realizada em menor tempo.

Zeiss HD-OCT Cirrus 4000

Com imagens tomográficas e biomicroscópicas de alta resolução, esse equipamento realiza exame de tomografia de coerência óptica (OCT) posterior e anterior do olho, sem nenhum contato com o olho, oferecendo imagens refinadas da retina que podem ser visualizadas em 3 dimensões. O Cirrus 4000 pode ser utilizado no diagnóstico e acompanhamento de doenças oculares como buraco macular, edema macular cistoide, retinopatia diabética, degeneração macular relacionada à idade (DMRI), glaucoma, entre outras.

Estes são alguns dos equipamentos e exames disponíveis na DCM. Convido os colegas oftalmologistas a conhecerem mais sobre a nossa estrutura e serviços oferecidos acessando nosso site www.dcm-rio.com.br

Cirurgia de Catarata – revertendo a cegueira

Apesar de todo o conhecimento e evolução dos métodos diagnósticos e da cirurgia de catarata, esta doença oftalmológica ainda é a maior causa de cegueira tratável. Isso significa que apesar de existir tratamento para a catarata, muita gente neglicencia os cuidados chegando a perder a visão. Mas a cirurgia de catarata pode reverter a situação.

Causas da Catarata

Catarata Senil

A maior parte das cataratas são senis, ou seja, relacionadas à idade, representando 85% das classificações da doença segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Em geral acomete pessoas acima dos 50 anos. É um processo natural de envelhecimento onde o cristalino, lente natural dos olhos, perde a transparência.

Catarata Congênita

Significa que a pessoa nasceu com a doença, ou seja, por alguma razão o indivíduo nasce com o cristalino opaco reduzindo total ou parcialmente a visão.

Catarata Secundária

Nesse caso a doença acontece como consequência de outras doenças ou fatores. Entre fatores desencadeantes da Catarata Secundária, temos os oculares como uveítes, tumores malígnos intraoculares, glaucoma, descolamento de retina, traumas, entre outros. Há também as cataratas resultantes de fatores sistêmicos: doenças endócrinas, como o diabetes e hipoparatireodismo, causas tóxicas como o uso de corticoides e exposição a radiações de infravermelho e raios X, entre outros fatores.

A Cirurgia de Catarata

As primeiras cirurgias de catarata foram feitas na década de 60. Isso significa que já temos 5 décadas de estudos e evolução da técnica trazendo maior segurança e assertividade ao procedimento.

Hoje a técnica mais utilizada para a cirurgia é a Facoemulsificação. Neste tipo de cirurgia de catarata é feita a quebra e aspiração do cristalino doente com ultrassom. Em seguida o cirurgião implantará uma lente intraocular que substitui o cristalino permitindo a focalização das imagens.

Essa cirurgia é cada dia mais segura e sua recuperação pós-cirúrgica é mais rápida, em especial pela incisão cada vez menor. Enquanto antigamente esperava-se a catarata estar “madura”, ou seja, o cristalino estar endurecido, hoje indica-se a cirurgia com o cristalino ainda mole diminuindo o impacto no interior do olho. É importante ressaltar que depois de operada, não haverá nova catarata no mesmo olho.

As Lentes Intraoculares (LIO)

As lentes utilizadas para substituir o cristalino cataratoso deverão ser indicadas para cada caso considerando não só a transparência perdida, mas a focalização. Os principais tipos de lentes são:

  • Monofocal Asférica – compensam as distorções da córnea corrigindo a visão de longe. Elas não eliminam os óculos para perto após a cirurgia.
  • Monofocal Tórica – são específicas para pacientes que, além da catarata, apresentam astigmatismo acima de 1 grau. Costumam diminuir muito a necessidade dos óculos para longe, mas o de perto continua sendo necessário.
  • Multifocal – levam à independência dos óculos em 85% dos casos desenvolvendo bom foco tanto para longe quanto para perto.
  • Tri-focal – consideradas as mais modernas na atualidade, têm a estrutura similar à das multifocais. Leva à independência total dos óculos em 90% dos casos definindo bem 3 focos – longe, intermediário e perto.

O mais importante é estar sempre bem informado e acompanhar a sua saúde ocular com seu médico oftalmologista de confiança para o diagnóstico precoce e tratamento assertivo da Catarata.