A escolha das lentes intraoculares nas cirurgias de catarata

Quando se fala de cirurgia de catarata, além da expertise do cirurgião, da qualidade do Centro Cirúrgico e seus equipamentos, a escolha da lente intraocular (LIO), que substituirá o cristalino doente é um dos aspectos fundamentais para o seu sucesso.

As LIOs passaram por uma grande evolução nas últimas décadas levando a resultados refracionais cada vez mais precisos e a maior independência dos óculos. Hoje, além das lentes nacionais rígidas, que existem há mais de 2 décadas, contamos com LIOs importadas dos tipos monofocal asféricas, monofocal tórica, multifocal e tri-focal. Mas nem toda lente é indicada para todo paciente. Os modelos e materiais devem ser os mais adequados à finalidade de cada paciente e seu caso.

Catarata, LIOs e as melhores escolhas para cada paciente

Sendo exigente na escolha do centro cirúrgico, contando com infraestrutura moderna e equipe bem treinada, o cirurgião oftalmológico também deve prezar pela modernidade das LIOs escolhidas.

A LIO nacional rígida, por exemplo, além de exigir incisões maiores, podendo chegar à 7mm de largura, tem tempo de recuperação pós cirúrgico maior, chegando até 2 meses e com diversas restrições de atividades. Além disso, essas lentes não fazem correção de todos erros refracionais, portanto o paciente mantém-se 100% dependente dos óculos.

Apesar de mais modernas do que as acima citadas, as lentes nacionais dobráveis ainda estão muito longe do padrão internacional de qualidade. É por isso que na Day Clinic Madureira optamos pelo uso das lentes importadas pois possuem qualidade superior, suas fábricas são fiscalizadas por agências regulatórias rígidas, como o Food and Drug Administration (FDA) americano e seu equivalente na Comunidade Européia, e oferecem uma maior variedade de opções permitindo a correção refracional e escolhas que se tornam perfeitas para o perfil de cada paciente.

Produzidas em material dobrável, com qualidade atestada por órgãos internacionais competentes, citadas em diversos artigos científicos debatidos nos principais congressos mundiais, as LIOs importadas têm apenas 6mm de diâmetro. Isso permite que as incisões tenham entre 2,5mm e 1,7mm em cortes autoselantes, eliminando, na maioria dos casos, a necessidade de pontos. Essas características tornam a recuperação mais rápida e mais segura.

Algumas dessas lentes, como as tri-focais, por exemplo, podem eliminar totalmente o uso dos óculos em 90% dos casos.

LIO Tri-focal

Consideradas as mais modernas atualmente, a LIO tri-focal conseguem definir bem 3 focos: longe, intermediário e perto. São implantadas através de microincisões de 2,2 mm e podem levar à independência total dos óculos em 90% dos casos.

LIO Multifocal

De ótica asférica, difrativa e apodizada, desenvolve bem o foco para longe e perto. São implantadas através de microincisões de 2,2 mm e podem levar à independência total dos óculos em 85% dos casos.

LIO Monofocal Tórica

Asféricas, são específicas para pacientes com astigmatismo corneano acima de 1 grau compensando as distorções e corrigindo o astigmatismo regular entre 1,0 e 9,0 dioptrias. Implantadas através de microincisões de 2,2 mm, costumam diminuir muito a necessidade dos óculos para longe em pacientes com astigmatismo, mas o óculos para perto ainda é necessário.

LIO Monofocal Asférica

Implantadas por microincisões de 2,2 mm, esta lente compensa distorções produzidas pela córnea corrigindo a visão de longe. Por ser monofocal, não elimina a necessidade de óculos para perto após a cirurgia apesar da visão de longe se tornar mais nítida.

Tecnologia para cálculos biométricos para as lentes intraoculares mais precisos

E para tornar a escolha das lentes para o seu paciente de catarata ainda mais precisa, a DCM conta com o IOL Master 700, aparelho que realiza todas as medições do olho com a tecnologia SWEPT Source: uma Tomografia de Coerência Óptica (OCT) do olho todo. O equipamento utiliza as constantes otimizadas por dados obtidos em mais de 50 mil cirurgias para fornecer cálculos biométricos para mais de 270 modelos de LIOs.

Se você, cirurgião oftalmológico, ainda não conhece a Day Clinic Madureira e tudo que podemos oferecer para você e seu paciente, entre em contato conosco e agende uma visita. Teremos enorme prazer em receber você e apresentar nossos exames e salas cirúrgicas.

A evolução das Lentes intraoculares (LIO)

Responsável por 50% dos casos de cegueira no mundo, a estimativa da OMS é que a prevalência da catarata seja duplicada até 2020. Nas últimas três décadas, entretanto, todos os esforços têm sido feitos para devolver a visão com a máxima qualidade possível, primando pela qualidade de vida do paciente: longas internações foram substituídas por curta permanência; anestesias gerais por sedação e gotas de anestésico; incisões superiores a 10 mm por mínimas incisões autoselantes de 2,2 mm; e óculos com lentes “fundo de garrafa” (katral), usadas no pós operatório, foram completamente deixadas de lado e substituídas pelas lentes intraoculares, incluindo as premium.

Assim, todo cirurgião oftalmológico sabe que a remoção da catarata é apenas uma das etapas da cirurgia e que devolver a visão ao paciente de forma satisfatória requer conhecimento especializado, e também um centro cirúrgico com tecnologia de ponta com os mais modernos recursos.

Da mesma forma, a implantação da lente que substituirá o cristalino deve permitir não apenas a focalização das imagens, mas contar com diversos modelos e materiais para melhor se adequar à sua finalidade e ao caso do paciente.

A necessidade de resultados refracionais cada vez mais precisos resultou na criação das lentes intraoculares (LIO) premium. São elas: asféricas, multifocais e tóricas, esta última desenvolvida para quem é portador de astigmatismo. O caminho para diminuir a dependência dos óculos mesmo após a cirurgia, no entanto, não tem sido fácil: três décadas de avanços em lentes e técnicas cirúrgicas.

A primeira lente intraocular, no entanto, só começou a ser implantada no Brasil na década de 70, quase 80, beneficiando não apenas o resultado refracional mas também estético, devolvendo a autoestima ao paciente. Ainda longe do ideal, as LIOs tinham 7 mm e precisavam ser implantadas através de uma incisão grande, que precisava de sutura.

Com o surgimento das lentes dobráveis na década de 90 e equipamentos mais precisos, as incisões começaram a reduzir de tamanho: era a facoemulsificação decolando, uma técnica que preconizava a extração do cristalino cataratoso por uma incisão inferior a 3,5 mm. O primeiro curso no Brasil acontecera em 1975, mas só na década de 90 a facoemulsificação passou a ter condições reais de realização.

Hoje ela é realizada com incisões inferiores a 3 mm, com anestesia de bloqueio peri-bulbar ou tópica e implantação de lentes dobráveis após a retirada do cristalino. Vários estudos, pesquisas e tecnologias têm sido testadas para chegar a incisões de apenas 1,2 mm, mas ainda não há no Brasil lentes intraoculares aprovadas para uma incisão tão pequena.

Os cirurgiões que operam na Day Clinic Madureira, no entanto, já realizam cirurgias de catarata com incisões menores que 2,2 mm, contando com um centro cirúrgico de alta tecnologia e com a parceria de laboratórios estrangeiros que desenvolvem lentes intraoculares dobráveis mais finas do que as habituais.

Como exemplo, temos a parceria com o laboratório Alcon, um dos maiores fabricantes de lentes intraoculares dos EUA, e a Zeiss, um dos maiores fabricantes de lentes intraoculares da Europa. Como resultado, os riscos de complicações são cada vez menores, e cada vez maiores a segurança do cirurgião e o conforto do paciente.

Para exemplificar: parceria DCM e Alcon

Em 1994 a Alcon já havia desenvolvido uma plataforma de lente de acrílico hidrofóbico chamada Acrysof, evoluindo desde então para diversos modelos, características e indicações. Até agora, em todo o mundo, já foram implantadas mais de 80 milhões de lentes Acrysof.
Hoje, o modelo inicial da Acrysof disponível é a Natural, introduzida no Brasil em 2003. Monofocal e esférica, a lente tem uma interessante coloração amarela que funciona como filtro ultravioleta e luz azul para proteção da retina, deixando o paciente extremamente confortável. Através de um cartucho descartável, ela é implantada por incisão de até 2,75 mm.

Em 2005 a Alcon lançou a Acrysof iQ, diferenciada da Natural por ser monofocal asférica, compensando as distorções de imagem produzidas pela córnea e resultando em imagens pós cirúrgicas muito mais nítidas – e ainda é 9% mais fina que a Natural. Implantada por incisões de até 2,2 mm, é considerada a lente mais moderna para a correção da visão para longe, mas ainda requer o uso de óculos para perto.

No ano seguinte a Alcon lança a LIO tórica, permitindo resolver problemas de astigmatismo de 2,5 a 5,0 dioptrias e catarata em uma única cirurgia, mas os óculos para perto ainda são necessários mesmo com a Acrysof Toric. Em mais um ano subsequente foi lançada a Acrysof Restor, uma lente intra-ocular mutlifocal asférica, difrativa e apodizada, que permite que os pacientes fiquem independentes de óculos para perto e para longe cerca de 85% do tempo.

Mas é em 2012 que a Alcon se supera e lança no Brasil a Acrysoft Restor Toric, a combinação perfeita que permite aos pacientes já portadores de astigmatismo corrigi-lo durante a cirurgia de catarata, deixando de usar óculos para perto.

Com isso, os cirurgiões que operam na DCM contam com o que há de mais moderno tanto em equipamentos de ponta quanto em relação às melhores lentes intra-oculares, mono ou multifocal e, especialmente as tóricas. Muito mais segurança para o cirurgião, eficiência para a cirurgia, e conforto para o paciente. Venha conhecer nossas instalações.

Cirurgia de Catarata – revertendo a cegueira

Apesar de todo o conhecimento e evolução dos métodos diagnósticos e da cirurgia de catarata, esta doença oftalmológica ainda é a maior causa de cegueira tratável. Isso significa que apesar de existir tratamento para a catarata, muita gente neglicencia os cuidados chegando a perder a visão. Mas a cirurgia de catarata pode reverter a situação.

Causas da Catarata

Catarata Senil

A maior parte das cataratas são senis, ou seja, relacionadas à idade, representando 85% das classificações da doença segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Em geral acomete pessoas acima dos 50 anos. É um processo natural de envelhecimento onde o cristalino, lente natural dos olhos, perde a transparência.

Catarata Congênita

Significa que a pessoa nasceu com a doença, ou seja, por alguma razão o indivíduo nasce com o cristalino opaco reduzindo total ou parcialmente a visão.

Catarata Secundária

Nesse caso a doença acontece como consequência de outras doenças ou fatores. Entre fatores desencadeantes da Catarata Secundária, temos os oculares como uveítes, tumores malígnos intraoculares, glaucoma, descolamento de retina, traumas, entre outros. Há também as cataratas resultantes de fatores sistêmicos: doenças endócrinas, como o diabetes e hipoparatireodismo, causas tóxicas como o uso de corticoides e exposição a radiações de infravermelho e raios X, entre outros fatores.

A Cirurgia de Catarata

As primeiras cirurgias de catarata foram feitas na década de 60. Isso significa que já temos 5 décadas de estudos e evolução da técnica trazendo maior segurança e assertividade ao procedimento.

Hoje a técnica mais utilizada para a cirurgia é a Facoemulsificação. Neste tipo de cirurgia de catarata é feita a quebra e aspiração do cristalino doente com ultrassom. Em seguida o cirurgião implantará uma lente intraocular que substitui o cristalino permitindo a focalização das imagens.

Essa cirurgia é cada dia mais segura e sua recuperação pós-cirúrgica é mais rápida, em especial pela incisão cada vez menor. Enquanto antigamente esperava-se a catarata estar “madura”, ou seja, o cristalino estar endurecido, hoje indica-se a cirurgia com o cristalino ainda mole diminuindo o impacto no interior do olho. É importante ressaltar que depois de operada, não haverá nova catarata no mesmo olho.

As Lentes Intraoculares (LIO)

As lentes utilizadas para substituir o cristalino cataratoso deverão ser indicadas para cada caso considerando não só a transparência perdida, mas a focalização. Os principais tipos de lentes são:

  • Monofocal Asférica – compensam as distorções da córnea corrigindo a visão de longe. Elas não eliminam os óculos para perto após a cirurgia.
  • Monofocal Tórica – são específicas para pacientes que, além da catarata, apresentam astigmatismo acima de 1 grau. Costumam diminuir muito a necessidade dos óculos para longe, mas o de perto continua sendo necessário.
  • Multifocal – levam à independência dos óculos em 85% dos casos desenvolvendo bom foco tanto para longe quanto para perto.
  • Tri-focal – consideradas as mais modernas na atualidade, têm a estrutura similar à das multifocais. Leva à independência total dos óculos em 90% dos casos definindo bem 3 focos – longe, intermediário e perto.

O mais importante é estar sempre bem informado e acompanhar a sua saúde ocular com seu médico oftalmologista de confiança para o diagnóstico precoce e tratamento assertivo da Catarata.